Apaixonados e disparatados nos momentos culminantes de cada uma dessas grandes e fugazes paix⌡es, os Cavalo sπo um dos sφmbolos emblemßticos de maior instabilidade afetiva e de maior intensidade amat≤ria. Com o seu amor se constr≤i um organismo inteiro que o acompanha para tal ocasiπo. Isto Θ, se apaixona por uma palavra, um roce, um desejo, e tornozelos, omoplatas, clavφculas, baτo, encΘfalo, aorta, c≤lon, br⌠nquios e p≤mulos sofrem a desaforada paixπo. Se ressentem os tecidos ≤sseos e a medula, as cartilagens, a derme e os meniscos. Sofrem e gozam todos os elementos do puzzle humano e a paixπo se difunde, talvez por osmose, por todo o organismo. Depois, quando passa a vorßgine, fica a marca pesada e longeva do esforτo excessivo, do controlo perdido. Os Cavalos se apaixonam de miragens construφdas α medida das suas fantasias e as respostas sentimentais se perdem, αs vezes, no vßcuo, porque nπo hß real objeto de amores, mas uma sensaτπo sempre presente de que agora Θ o momento, de que esta Θ a pessoa. Como se a ansiedade fosse uma razπo em lugar de um impedimento para a marcha dos sentimentos.